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Ressurreicao - Mario Persona

Ressurreição - Mario Persona (áudio mp3)



https://youtu.be/MYVXahHXdBY

Ressurreição
Mario Persona

Quando me converti, em 1978, escutei o evangelho de um colega na Faculdade de Arquitetura de Santos. Anos mais tarde, conversando com um irmão em Cristo, ele me perguntou se eu fui para a mesma igreja ou religião desse colega. Respondi que não, porque ele não me falou de religião, nem de uma igreja, e apesar de fazer parte de uma denominação evangélica, em nenhum momento falou sobre isso, tampouco tocou no assunto quando juntos estudávamos a Bíblia.
Nessa época doze pessoas se converteram na faculdade através do ministério desse irmão, que era um excelente evangelista. Ele gostava de sentar e conversar, e assim ajudou outras pessoas a crerem no Senhor. Ele criou um grupo de estudos e nos reuníamos uma vez por semana num horário depois das aulas, na própria faculdade. Estudávamos o evangelho de João e o interessante foi que, mesmo ele não tendo falado nada sobre congregar ou frequentar alguma igreja, depois de convertido, pensei que deveria ir a uma igreja. Comecei a frequentar a missa. Por quase um ano fui à missa e estudei a doutrina católica. Mas, estudando a Bíblia, percebi que as coisas naquela igreja não estavam muito coerentes com o que eu lia na Bíblia e abandonei o catolicismo.

Fui criado dentro do catolicismo romano, como grande parte dos brasileiros. É uma religião que professa um cristianismo cheio de símbolos, imagens e figuras que sempre fui acostumado a ver. Via um Jesus crucificado numa cruz ou as cenas da paixão de Cristo naqueles quadrinhos da “Via Crucis” que havia no templo católico. No dia dos finados, víamos a imagem de Jesus morto num caixão; depois, numa imagem em pé sendo levada pelas ruas na Páscoa. Tudo era muito visual.

Um detalhe que nunca esqueci foi que, após minha conversão, ganhei uma revista daquele agora irmão em Cristo que havia me pregado o evangelho. Era uma revista em inglês, e ele me deu porque sabia que eu falava inglês. Era grande, colorida e trazia artigos cristãos, mas o que mais me impressionou foi a última capa. Pelo que entendi, em cada exemplar vinha um quadro famoso, uma pintura representando alguma coisa ligada ao cristianismo, e naquela capa havia um quadro muito bonito de uma rocha com uma abertura nela. Era uma tumba, como as que eram feitas na época do Novo Testamento, e uma pedra rolada para o lado. Havia também na imagem um cipreste e nuvens bonitas no céu, com os seguintes dizeres: “Ele não está mais aqui, Ele vive!”.

Aquilo me impressionou tanto que mandei emoldurar e coloquei na parede de meu quarto ao lado da minha cama. Todas as manhãs, quando eu acordava, a primeira coisa que via era um túmulo vazio. Com o tempo e a exposição à luz aquela foto desbotou, mas a imagem do túmulo vazio eu levei na memória desde então. Anos depois cheguei a procurar na Internet aquela pintura e achei várias parecidas, pois é um tema recorrente. Muitos artistas já pintaram a cena, mas não encontrei aquela exatamente. Espero ainda encontrar esse quadro específico que me marcou muito e que a revista usou como base para essa frase “Ele não está mais aqui. Ele vive!”.

Em 1978 vivíamos uma fase de transição na sociedade. Desde a revolução industrial até a década de 50 tínhamos visto a evolução da ciência, do conhecimento humano, da indústria, da tecnologia, e os homens se tornando cada vez mais tornavam-se céticos para as coisas espirituais. Na década de 60, porém, aconteceu todo aquele movimento de volta ao espiritualismo, com o surgimento dos hippies e suas experiências sensoriais causadas pelas drogas. Mas tudo mudou muito de lá para cá. Antigamente, se alguém falasse em ressurreição os céticos responderiam que seria impossível, já que a ciência havia provado que isso não acontece. Hoje, se perguntarmos para qualquer adolescente se é possível ressuscitar ele vai dizer que sim, porque em qualquer canal da TV você encontrará um filme de vampiros que, como você já sabe, são seres que ressuscitam o tempo todo, a menos que sejam mortos com uma bala de prata ou com uma estaca de madeira cravada no peito.

O mundo realmente mudou e até mesmo a ciência hoje não duvida tanto que alguém possa voltar a viver. É certo que nunca conseguiram fazer isto com uma pessoa realmente morta depois de horas ou dias, mas hoje a própria ciência admite certas coisas que antes não era possível nem imaginar. Por exemplo, hoje é cientificamente admitido que todos os seres humanos vieram de um casal. Pelo estudo da genética já se sabe que nós somos tão iguais, que já não se fala mais em raça. Antigamente havia a raça caucasiana, a negra, a raça amarela ou oriental, a vermelha. Hoje não se fala mais em raça, mas em etnias. Logo, se consideramos que existe uma raça, a raça humana, esta é formada de iguais.

Tanta coisa mudou, que ficou até difícil causar algum impacto hoje quando se fala em ressurreição. Uns creem, outros não, outros são indiferentes. Alguns dizem que se acreditar nisso e lhe fizer bem, então você deve continuar acreditando. E o mesmo serve para o oposto. A indiferença hoje para estes assuntos é grande, pois somos bombardeados constantemente com ideias de que as coisas são mutáveis e aquilo que antes era impossível, hoje não é mais. Tudo pode acontecer. Não faz muito tempo foram divulgados os resultados de experiências que pareciam demonstrar que uma partícula pode viajar mais rápido que a luz. Se isto for comprovado, todos os livros de Física terão que ser revisados, porque até hoje se acreditou que a luz era a coisa mais rápida que podia existir. A velocidade da luz era o limite. Einstein e toda sua teoria da relatividade estão baseados nisto.

Vivemos em um tempo quando é difícil entender ou fazer as pessoas acreditarem no peso e na importância que tem a ressurreição de Jesus. A história de Cristo neste mundo é uma história sem igual. Primeiro, começa pelo fato de ele ser Deus e homem. Um ser que nunca teve começo e nunca terá fim, ao contrário de nós que começamos a existir quando fomos concebidos no ventre de nossa mãe. Tivemos um início, não somos eternos, porque esta palavra só se aplica a Deus. Embora vivamos agora perpetuamente, não seria correto dizer que somos eternos, porque se fôssemos eternos teríamos existência prévia. Temos, porém, vida perpétua, naturalmente falando, e vamos existir perpetuamente, para sempre.

Mas Cristo é eterno no sentido absoluto da palavra, e veio a este mundo como um homem que aqui chegou já de forma inusitada. Jesus não entrou neste mundo como entraria um homem qualquer. Afinal, ele tem uma preexistência. Além disso, na hora de assumir a forma humana, ele não passou pelo processo normal de qualquer ser humano, ou seja, ele não foi concebido através de uma relação homem-mulher, mas pelo Espírito Santo de Deus no ventre de Maria, uma virgem. Ela deu à luz um filho chamado Emanuel, nome que fora profetizado no Antigo Testamento. Sabemos que ele se chama Jesus, mas por que Emanuel? Emanuel quer dizer Deus conosco, Deus vindo habitar conosco.

Jesus entrou dessa forma totalmente fora dos padrões humanos, porque só assim ele não traria em si o pecado de Adão. Ele foi nascido de mulher, não de homem, ele era da linhagem da mulher, de Eva, mas não de Adão, não trazia em si o pecado que é a causa dos pecados e da ruína de todo o Universo, de todas as pessoas. Se hoje existe o mundo assim como conhecemos, com tantas notícias ruins para encher os jornais, é porque este mundo caiu em pecado. Adão e Eva pecaram no princípio e de lá para cá, sofremos as consequências disto. Talvez neste ponto você alegue que não estava lá, que se estivesse no lugar de Adão, não teria agido dessa forma. Mas eu lhe digo que você fala isto agora porque leu a Bíblia, conhece a história. Mas eles não sabiam, não haviam lido, eles não tinham conhecimento de como as coisas ficariam ruins.

E Deus quando colocou uma árvore no meio do jardim e falou para que eles não comessem, talvez alguém possa falar que foi problema de Deus, que se Ele tivesse explicado corretamente o que aquele ato acarretaria, eles não teriam comido. Mas nesse caso não seria uma questão de obediência, mas um ato movido pela explicação e o entendimento. Se você fala para o seu filho pequeno que ele não deve atravessar a rua sozinho, ele não entende, talvez se você explicar, ele possa até entender, mas você não tem a obrigação de explicar, você quer que ele obedeça, ele precisa obedecer você pela simples obediência, pelo simples reconhecimento de quem você é. E Deus queria que os seus seres criados o obedecessem pelo simples fato dele ser Deus, não para eles decidirem se deviam ou não obedecer. Se fosse assim, eles não precisariam mais de Deus, Ele os criaria, sairia de cena e eles, os homens, iriam se virar sozinhos. Não foi isto que aconteceu. Vimos como a ruína por causa da desobediência do homem corroeu tudo.

Mas chegamos então nesse ponto onde o Senhor Jesus Cristo, Deus e homem, anda neste mundo como um homem perfeito. De certa forma isso atrai muitas pessoas que ficam admiradas pela vida santa e perfeita de Jesus e tentam imitá-lo. Em muitas religiões hoje, é pregado que as pessoas devem imitar Jesus, ser como ele, andar como ele andou neste mundo porque assim elas serão salvas, serão eternamente felizes. Mas o próprio fato de Jesus ter andado neste mundo condena mais ainda o ser humano porque absolutamente ninguém tem condições de ser como Jesus foi aqui. Porque se você falar que vai imitar Cristo – existe inclusive um livrinho intitulado, Imitação de Cristo - então terá que começar a ser alguém sem pecado. Como alguém pode imitar isto? Não é possível porque é uma questão de natureza.

Ele caminha neste mundo, mostra como é ser um homem perfeito segundo Deus, até o ponto de ser rejeitado pelos homens. Nós também o rejeitaríamos se estivéssemos lá, assim como todos o rejeitaram, incluindo aí seus discípulos, e Pedro, um dos mais próximos de Jesus, o negou. Nós faríamos igual a eles, não somos melhores do que aquelas pessoas. Mas foi essa rejeição do homem que abriu caminho para que Deus fizesse a maior obra já imaginada. Um ser perfeito - o Filho de Deus que precisou vir aqui como homem, porque não haveria outro para fazer isto, vai até a cruz, é rejeitado, rechaçado, castigado pelos homens. E durante as três horas que caem trevas sobre o mundo, ele recebe sobre si uma eternidade de juízo que o pecado exigia. Um juízo exigido por Deus para o pecado. Cai tudo sobre Jesus naquelas três horas de trevas e ninguém viu isso. Todo o mundo ficou escuro, em trevas. Enquanto caia sobre ele o fogo do juízo de Deus. Como um cego sendo castigado, sem saber de onde vem a agressão, assim ele sofreu e nós nunca vamos imaginar o que foi aquilo. Nenhum homem é capaz de imaginar. Aqueles que não creem em Jesus, aqueles que forem condenados no fim, claro, esses receberão sobre si o juízo, mas eles nunca imaginarão o que é receber um juízo múltiplo, de um homem pagando pelo pecado de muitos, levando sobre si o pecado de muitos e de nada tendo culpa. Intercedendo depois por muitos, por todos esses que creem.

Depois de tudo isso, aconteceu um fato totalmente diferente também, ele ressuscita ao terceiro dia cumprindo as profecias do AT e cumprindo também tudo aquilo que ele próprio anunciara durante todo o tempo que andou com seus discípulos. Jesus sempre falava que iria morrer e ressuscitar e seus discípulos ouviam mas não entendiam. Estava ali quem eles esperavam que fosse o rei de Israel, mas pregado numa cruz. Que decepção! Imagine que nas próximas eleições presidenciais você se torne cabo eleitoral de um candidato a presidente do Brasil. Você trabalha arduamente por essa candidatura, espalha panfletos, fala para todos que aquele será o presidente, que é um bom homem, muito competente, que vai acabar com a corrupção, que aquele é quem vai acabar com os problemas sociais, e que todo mundo vai viver feliz. Porém, antes das eleições, você recebe a notícia de que ele está morto. Pois este foi o sentimento dos discípulos. Eles eram os cabos eleitorais do rei de Israel, esperavam que aquele rei tomasse o seu trono, botasse ordem no mundo, eles seriam inclusive seus assessores, até discutiam entre si enquanto andavam aqui com Jesus, qual deles sentaria à sua direita e qual à esquerda, no reino. Eles tinham uma ideia diferente do que era a realidade, não entenderam que Jesus teria que morrer primeiro e ressuscitar ao terceiro dia.

Mas, o que a ressurreição de Cristo tem a ver conosco hoje? Muito. Porque um dia todos nós ressuscitaremos. Todos os seres humanos da face da terra irão ressuscitar, seus corpos terão vida novamente. O problema é que alguns ressuscitarão para a salvação, para a vida eterna, para estarem no céu com Cristo para sempre. Outros voltarão à vida, terão seus corpos restaurados - aqueles por exemplo, que estão no mar, que deterioram há séculos, Deus fará de alguma forma com que todas as partículas desses corpos se juntem podendo assim, aparecer de novo - porém, para receber o juízo eterno. Em que classe de pessoas você estará? Dependendo de como você enxerga a ressurreição de Cristo, a sua obra, a sua morte na cruz e a sua ressurreição, isto vai fazer uma grande diferença em qual será o seu destino. Porque existem dois tipos de pessoas no mundo, aquelas que estão no centro de suas próprias vidas, dizendo que irão melhorar fazendo isto ou aquilo e agindo assim, Deus vai olhar para elas e dizer que gostou do que viu, admitindo-as no céu. E o outro tipo de pessoas são as que saem do centro e pedem para Jesus entrar. Pessoas que precisam de um Salvador, porque se consideram tão ruins, tão pecadoras, tão incapazes que reconhecem que não vão conseguir nada sozinhas. Então elas descem do banco do motorista para Cristo entrar e dirigir suas vidas.

Logo, existem pessoas que estão com Cristo no centro das suas vidas e pessoas que têm a si mesmas no centro. Isto faz a diferença no fim.

Há uma passagem no capítulo 17 do livro de Atos, onde podemos conferir o peso que tem a ressurreição de Jesus. Aqui encontramos Paulo em Atenas, uma cidade da Grécia, o berço da civilização daquela época. O mundo hoje fala inglês por causa da grande influência vinda da Inglaterra e Estados Unidos. Inglaterra, até o século XIX, quando o império inglês era tão extenso que não tinha nenhuma colônia que não fosse dia!. Eles falavam com orgulho que era o império onde o sol nunca se punha. Além da influência inglesa durante séculos, veio depois a influência americana principalmente no pós-guerra. E antes da Inglaterra houve também a influência francesa. Os mais velhos aprenderam francês na escola, aqueles que estão de cabelos grisalhos tiveram aulas de francês porque era a língua da época e depois entrou o inglês. Nesse tempo do Senhor Jesus, a influência vinha da Grécia. Flavio Josefo, um historiador judeu que era contratado pelos romanos para escrever a história de Israel, reclama que os gregos não tinham tudo como eles gostavam de pensar, porque tudo o que tinham copiaram dos egípcios. Logo, vemos que houve também uma época quando os egípcios foram os expoentes na terra. Hoje sabe-se que muitos dos cálculos matemáticos e de geometria que aprendemos na escola pensando ter vindo dos gregos na realidade, foram os egípcios quem criaram.

Mas na época em que Jesus esteve aqui, eram os gregos que estavam no topo. Paulo está pregando no livro de Atos, o evangelho para esses gregos. Era como se Paulo tivesse ido para Nova Iorque falar o evangelho, já que Atenas era um lugar proeminente e até hoje é uma cidade muito visitada. Naquela época não estava em crise como atualmente, pelo contrário, era uma cidade com uma cultura muito influente no mundo todo. Capítulo 17, versículo 30: "Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos." Ele está dizendo que Deus não vai julgar, mas é Jesus quem irá fazê-lo. Quando pensamos em Jesus sempre o vemos como aquela pessoa bondosa que ajudou a tantos, curou os aleijados, os cegos, alimentou multidões, enfim, e todos pensam que um dia ele vai voltar nesse mesmo caráter. Esse pensamento porém, não é correto, pois ele voltará como juiz para este mundo. Volta terrível, como um juiz justo e implacável.

Costumamos ouvir todos reclamarem que o mundo não é justo, que hoje não temos justiça, que precisamos de justiça, que vamos lutar por justiça, etc. O que aconteceria se Deus implantasse hoje no mundo um regime de justiça? Nós não aguentaríamos! A primeira mentira que você contasse para alguém, cairia morto. Porque mentir é injustiça e não suportaríamos uma justiça assim. Mas Jesus vem para implantar um reino de justiça absoluta neste mundo. É ele que vem, não outro. É o mesmo Jesus ressuscitado. E é ele mesmo quem anuncia agora a todos os homens e em todo lugar que se arrependam porque há de julgar o mundo por meio do varão que destinou e disso deu certeza a todos ressuscitando-o dos mortos. Em Atos 10:40 "A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e fez que se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dos mortos. E nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos." Ele não apareceu a todos depois de ressuscitado, somente a alguns.

Como todos podem ter certeza disso? Quando abrimos o jornal de manhã, lemos por exemplo, a notícia de que o dólar subiu. Você fica chateado, porque tinha planos de viajar para o exterior e fazer compras, mas agora com o aumento do dólar vai ficar mais difícil. Então você refaz seus planos, revê seu orçamento, risca várias coisas da sua lista de compras, tudo em função do dólar. Mas eu lhe pergunto, você viu o dólar subir? Como o dólar sobe? Você já viu? Não sabemos como isso funciona, mas sabemos que o economista anunciou isso, e simplesmente acreditamos no seu testemunho. Se você investe em dólar, vai entender que essa é a hora de vendê-lo. Pode também ser que você invista em ações que subiram ou caíram. O que significa tudo isso? Não sabemos realmente, mas cremos que tudo é baseado em testemunhos. O mercado de ações vive disso, ninguém viu a ação subir ou descer. Alguém que lida diretamente com isso, falou e você acredita. E joga fortunas em cima da palavra de uma testemunha. Então não é nem um pouco estranho nós aceitarmos que Jesus ressuscitou baseado na palavra de testemunhas. Deus não está fazendo nada ilegal ou injusto ao escolher alguns homens, algumas testemunhas para dizer que Jesus ressuscitou. E é isto que ele deixou, testemunhas. E são muitas. Durante quarenta dias Jesus andou com estas pessoas, falando e ensinando apenas àqueles que eram discípulos dele, aqueles que creram nele. E não eram apenas doze pessoas. Eram mais de quinhentas! Que o viram ressuscitado e foram suas testemunhas.

A maioria delas vivia ainda no tempo em que foram escritos os relatos. Os quatro evangelhos que falam da ressurreição de Cristo. Depois, Atos narra em várias passagens, a ressurreição, e as epístolas também o fazem. Paulo fala em quase um capítulo inteiro, em I Coríntios 15, da ressurreição e fala desses mais de quinhentos que eram testemunhas. Então isto não pode ter sido inventado. Imagine como seria possível pegar mais de quinhentas pessoas e combinar que se alguém perguntar elas todas teriam que falar que Jesus ressuscitou? Alguém furaria a história, alguém se arrependeria do que combinou, alguém contaria a verdade, que foi obrigado a mentir. Mas isso não aconteceu, todos estavam vivos, não é uma lenda contada depois quando as pessoas já haviam morrido.

Há quinhentos anos surgiu a lenda do rei Arthur. O autor, um monge inglês, viu que a Inglaterra não era uma nação, mas um monte de tribos, de feudos, que guerreavam entre si. Ele resolveu escrever a história da Inglaterra. Mas que não é nada mais além de ficção. Os cavaleiros da Távola Redonda não existiram de fato, era tudo ficção, mas o povo gostou tanto, que tomara para si, acreditando que foram uma nação que teve um grande rei no passado. Mas isto era uma lenda. Mas nós não estamos falando de um que escreveu uma lenda, mas de mais de quinhentas pessoas que viram a Jesus e dele testemunharam. E temos ainda um detalhe curioso. A primeira testemunha da ressurreição de Cristo, numa época em que só eram aceitos, testemunhos de homens, foi uma mulher, Maria Madalena. Deus escolheu aquela mulher, a mais improvável testemunha para ser a primeira pessoa, como se Ele estivesse mandando uma mensagem do tipo: Vejam! Isto não é invenção dos homens, porque se os homens fossem escrever isto eles jamais teriam pensado em colocar uma mulher. Eles colocariam dois ou três homens dignos. Pegariam certamente, José de Arimateia ou Nicodemos que foram os homens que viram Cristo morrer.

Porém, Deus tem uma forma diferente de nos mostrar o que é importante. Em João 19, o capítulo que precede o da ressurreição, vemos João, que foi um dos discípulos que não fugiu, próximo da cruz, junto a Maria, mãe de Jesus. Eles estão observando a cena, e viram quando o soldado furou com a lança o cadáver de Jesus, porque ele já estava morto. Esse sangue que saiu do seu lado é o que purifica nossos pecados. É o sangue de um morto. Não é o sangue das chibatadas, nem o sangue dos ferimentos nas mãos e nos pés na cruz, tampouco são as gotas como de sangue que ele transpirou no jardim do Getsemani antes de ser crucificado. É o sangue de um corpo morto furado pela lança do soldado, que efetivamente purifica os nossos pecados, nos limpa de todo pecado pela fé! Em João 19:34 " Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro, e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais." João é este que viu. O que João está falando aqui? Venda o dólar que você vai ganhar dinheiro. Compre tais ações que é um bom investimento. João está dando um testemunho de algo que ele viu e avisando que agora isto vai fazer uma grande diferença para você. João estava testificando daquilo que viu na cruz, e e escreve depois da ressurreição: João 21:24 "Este é o discípulo que testifica dessas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro." Mais uma vez testemuho. É em testemunhos que cremos.

Em João 20:1, que é efetivamente a passagem da ressurreição de Jesus, lemos: "E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro." Esta é a cena. O Senhor foi colocado num sepulcro novo um pouco antes, no versículo 41 do capítulo 19 " E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado e, no horto, um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto." Às vezes, temos a impressão de que as coisas na Bíblia são escritas a esmo, mas não são. Esta palavra é muito importante, ninguém ainda havia “sido posto” porque no AT alguém foi sepultado no sepulcro de um profeta morto, e quando em contato com os seus ossos, essa pessoa ressuscitou. Logo, esse sepulcro novo não ia dar margem para ninguém dizer que talvez ali tenha sido um profeta sepultado. Sendo ainda importante lembrar, que as muitas ressurreições que aconteceram ao longo da Bíblia antes da ressurreição de Jesus, são de pessoas que ressuscitaram com o mesmo corpo, com todos os seus defeitos e que morreram depois. Tanto que, quando os discípulos entram no sepulcro e veem os lençóis, isso nos faz crer que o Senhor saíra dos lençóis ressuscitado em um corpo transformado.

Quando Jesus ressuscita Lázaro, e este sai para fora do seu sepulcro, é preciso que as pessoas o ajudem a desatar as amarras, porque os mortos eram enfaixados. Uma pessoa ressuscitando como antigamente, para morrer de novo, precisava ser desamarrada, já que estava com todo o corpo enrolado em faixas. É como se hoje alguém estivesse num caixão e ressuscitasse. A pessoa pode ressuscitar, mas não vai conseguir sair do caixão. Então é outro tipo de ressurreição que ocorre com o Senhor. Ele ressuscitou com um corpo glorificado, que é o mesmo que todo aquele que crer nele, passará a ter depois. Um corpo que atravessa paredes, mas que ainda assim era matéria, porém, uma matéria diferente desta que conhecemos, era um corpo celestial. João 20:1 "E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram." Esse outro discípulo a quem Jesus amava é João, o próprio autor do evangelho. Veja que interessante, Maria Madalena e todos os discípulos sempre escutaram que Jesus ia morrer e ressuscitar. A primeira coisa que deveria vir à sua mente é que ele ressuscitou! Porém, ela diz que o corpo fora roubado. Não acreditou, não creu e nem passou por sua cabeça a ressurreição de Cristo.

Versículo 3: "Então, Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia, não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis" João fora mais rápido, provavelmente era mais jovem que Pedro e este, lento, porém ousado por natureza, entra no sepulcro e viu no chão os lençóis "e que o lenço que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte." Então não se tratava de um roubo, porque se fosse, teriam arrancado os lençóis, jogado-os fora, carregando o corpo. E quem iria roubar um corpo? A última coisa que os judeus queriam era que Jesus ressuscitasse e que seu corpo desaparecesse. Porque um corpo desaparecido é um problema para quem alegava que ia ressuscitar. Por isto eles colocaram guardas durante a noite para que vigiassem e os discípulos não pudessem roubar. Mas os discípulos obviamente não fizeram isto, porque eles também acreditam que o corpo de Jesus fora roubado. Mas os panos estavam em ordem, o que provava não se tratar de roubo. Versiculo 8: "Então, entrou também o outro discípulo (João), que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu." Este caso de João é muito interessante para nós. João é a primeira pessoa que crê no ressuscitado. Em toda a história da humanidade João será a primeira pessoa que creu no ressuscitado. Hoje qualquer pessoa que crê em Jesus como seu Salvador, que Jesus morreu e ressuscitou, crê do mesmo jeito que João.

Se você está ao meu lado, e eu lhe digo que tenho uma folha de papel na mão, você acredita porque a evidência é a folha de papel que você está vendo. Mas se eu esconder e perguntar se você acredita que eu tenho uma folha de papel na minha mão, você duvidará, porque não está vendo a folha. Esse “creu” de João é crer no que não viu. O fato de não existir um corpo, foi o motivo de João crer que Jesus ressuscitou. Hoje quando cremos em Jesus, cremos num corpo não encontrado. Num Jesus que não vimos nem morrer e nem ressuscitar, cremos no testemunho desses apóstolos. Alguém atualmente já viu Jesus? Não vemos, a não ser com os olhos da fé, que é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não vemos. E há pessoas que ainda dizem que isso não é possível! Mas elas acreditam que o dólar subiu. Estão convictas disso e é um fato que elas não testemunharam. Nós cremos no que não vemos e aqui João é o primeiro de uma série de milhões de pessoas que viriam a ser salvas por Cristo, crendo naquele que essas pessoas não viram.

Mais tarde, depois dessa cena no sepulcro, todos estão num cômodo fechado, com as portas trancadas, com medo dos judeus. O Senhor Jesus aparece no meio deles e diz: paz seja com vocês. Numa outra ocasião que o Senhor aparece novamente no meio deles, Tomé, o incrédulo, está presente e o Senhor pergunta se Tomé não acredita, pede então para ele por a mão no seu lado, pede um favo de mel e um peixe para comer. Tomé fala então, “Senhor meu e Deus meu”. O Senhor Jesus fala pra ele, que ele creu porque viu e completa que felizes, bem aventurados serão aqueles que vão crer sem ver. É um privilégio crer sem ver. Lembro-me então daquela imagem, daquele túmulo vazio. O que me atraía naquilo? Eu cri sem ver. Cri num Jesus que não vi, mas cri no testemunho da Palavra de Deus que diz que ele morreu por mim, levou sobre si os meus pecados, foi julgado por Deus na cruz com um juizo que eu nunca mais vou conhecer. Um juizo que eu nunca vou ter que passar porque ele morreu no meu lugar e ressuscitou ao terceiro dia. Ele me substituiu na cruz.

Lemos o versículo no Antigo Testamento, dos israelitas no Egito. Um pouco antes de serem libertos do Egito, Deus diz que o Anjo do Senhor vai passar sobre o Egito e ferir e matar todos os primogênitos. Mas Ele avisa antes que aconteça isso, que seu povo deveria matar um cordeiro sem defeito, ficasse dentro de casa, e colocasse o sangue do cordeiro no batente das portas. Porque quando Ele passasse e visse o sangue, passaria por cima daquela casa. A Palavra Páscoa vem de passar por cima. “Passarei por cima daquela casa”. E naquela noite no Egito, houve morte em todas as casas, sem exceção. A única diferença é que em algumas havia a morte de um substituto, o cordeiro. O sangue de um substituto tinha sido derramado e nas outras onde não havia esse sangue, ocorreu a morte do primogênito. Hoje aquele que crê em Jesus como seu Salvador, que acredita no testemunho que Deus deu através dos seus apóstolos da sua morte e ressurreição, tem passado no batente do seu coração o sangue do Cordeiro. Deus quando olha para mim hoje, fala que eu já morri. Já houve morte na casa deste. Não precisa passar pela morte, pelo juízo, pelo fogo. Mas há outro que terão que passar pela morte e pelo juízo eterno. Obviamente nenhum de nós quer isto. Por isto eu deixo aqui um apelo para que aqueles que ainda não têm a certeza da sua salvação eterna, creia agora em Jesus como seu Salvador. Por meio desse varão, Jesus ressuscitado, você será julgado no final se não crer em Jesus. Todos terão que dobrar os seus joelhos.

Há um versículo que fala para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai. Todo joelho se dobrará, sem exceção. Alguns se dobram antes, em vida, para aceitarem a Jesus e confessam com a sua boca que Jesus é Senhor e Salvador e creem em seu coração. Os que não dobram os joelhos em vida, dobrarão depois, para receber a sua condenação. Porque Deus é justo. Clamamos todos os dias por justiça quando vemos no jornal tanta injustiça, tanta corrupção, tanto crime, clamamos por justiça e a teremos um dia, porque Deus vai fazer. No seu tempo Ele vai fazer justiça. Só que nenhum de nós quer estar lá para ver. Nenhum de nós quer passar por baixo dessa espada que hoje paira sobre a cabeça daqueles que ainda não creram em Jesus como seu Salvador.